quinta-feira, outubro 26, 2006

Resolvi te querer,

Pretendo me enroscar,

Nas tuas pernas perdidas

No teu modo de falar.

Quando pensas em fugir,

Puxo-te os cabelos

E tu de tanto que me ofendes,

Acaba se acabando em mim.

Encosta teu peito aos meus.

Sempre quiseste assim.

Respira na minha velocidade.

Arrepende-se e choras gritando.

Mal dizendo a vaidade.

Por fim, saciada,

Jogo-te pela ladeira.

E escutando teu grito, chamando,

Danço só, a noite inteira.

Sem medo, sem saudade.

Desnudada por completo.

Cansada de te fazer gozar.

Plena na minha vontade.

Sabendo por certo

Que estás a me chamar.

Grita, então, rapaz.

Grita muito o meu nome.

Porque o nome que chamas

É o mesmo que some.

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