sábado, setembro 20, 2008

Ele nasceu no mesmo dia que ela, mas isso, a princípio não diria nada. Mesmo signo, mesma graça, mesmo jeito idiota de fingir que não leva nada a sério. Ela falando de um jeito que ele não entendia, ele falando pra ela que sequer ela própria sabia o que queria dizer. Normal, acharam graça. Ela achava ele genial, mas não lembrava o motivo. Em verdade, não se esforçou para lembrar, achava que isso era o de menos. Ele ficava brincando com as cores, e ela com as palavras. E de palavra aqui, e outra lá, ela pediu ele em casamento. Ele disse que concordava, mas fazia de tudo pra dar errado. Ela disse que não ligaria, mas continuaria fazendo de tudo para dar certo. Quando o assunto cansou, foram falar de futebol. Ela era corinthiana roxa, ele nem ligava pra resultado. Veio com uma história de que preferia o time na reserva. Ela deu um suspiro e afirmou que jogando, podia ser melhor. Ela sempre prefere que aconteça, ele talvez prefira que passe. Ela nasceu no mesmo dia que ele, e talvez agora, isso dissesse tudo

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