E se apaixonar por ele, de repente, parecia uma viagem de avião. Morria de medo de avião porque a ideia de tirar seus pés da terra, assustava. Gostava de saber por onde pisava, era mais fácil assim. Mas ele subia com a cabeça dela até a estratosfera. O medo só aumenta com a subida, os pés tremem, dá um frio na barriga, os ouvidos doem e você se desespera: vai acabar tudo aqui. Mas não. Afinal, você olha pro lado e vê as nuvens, passa por elas e sorri pro sol. e continua subindo até ter a impressão que pode pisar naquelas nuvens...Era assim com ele, era como se pisasse em nuvens e os problemas do mundo ficassem em outro plano, bem abaixo.
Mas avião tem turbulência e você fica se perguntando porque se enfio nele, e o medo volta: vai acabar tudo aqui.
Se acabar, pensa, pelo menos acaba de uma voz e eu não sinto tanta dor. Mas esse pensamento otimista não te engana, só assusta.
E você sabe que tem a hora da chegada. As nuvens vão embora e fica um medo, um medo maior que a pressão que incomoda os ouvidos e ansiedade da volta. Voce fecha os olhos, se agarra a quem der e reza pra aguentar. E se apaixonar por ele, de repente, esperava uma viagem de avião...
Em Madrid.
Um comentário:
A-D-O-R-E-I!
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