segunda-feira, março 19, 2012

sol.

O sol se pôs e eu não chorei, mesmo tendo passado o dia inteiro morrendo de medo do momento em que isso aconteceria, eu não chorei. Acordei com o peito dolorido, saudoso, eu aproveitei cada segundo e cada raio desse sol que eu sabia, ai que pena eu sabia, ia acabar. O sol foi embora, foi calor, foi luz, foi dia. e que preguiça eu tenho de viver longe do sol, parece que a lua me encara e sabe que evitá-la, no fim, é inútil. O sol se pôs e se eu pudesse me teletransportava pro Japão pra ver o sol nascer de novo e aproveitar o sol, e só o sol, que me queima, me incomoda, me cega e mesmo assim eu gosto. Ai, sol, fica. Fica que dói demais longe de você, fica que à noite eu não confio em mim, nem nos gatos que ficam todos eles pardos. Se eu pudesse eu te amarrava, sol, colocava algema em cada raio seu que era para você nunca ir embora, ficar aqui, pra sempre, esquentando meu cangote. Gosto não de dormir de noite, era de dia que eu me sentia segura. Mas assim sem você, assim sem você, eu prefiro é nem dormir mais. E eu queria acreditar que a noite fosse curta, mas sabe deus se eu vou acordar mesmo no dia seguinte, né? Que a vida num ta fácil nem pra astro-rei, imagina pra mim, que nem de satélite passo, que nem luz própria encontrei ainda.. Então, sol, fica aqui meu beijo, meu cheiro, meu abraço, se a noite não parecer eterna, volte quando der...

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