domingo, maio 17, 2009

“Quando Deus fecha uma porta, ele abre uma janela”, você me disse isso com os seus olhos verdes brilhando, porque estavam molhados de saudade, molhados de água salgada, não desta água do mar, mas daquela água salgada que nasce no coração e morre nos olhos. Quando você me disse isso eu quis me irritar, sabe? Qual o sentido dessa frase? Porta e janela nunca são a mesma coisa. Que adianta fecharem uma porta, que é o te leva para o mundo e abrirem uma janela, que se contenta em ser um quadro do mundo, esperando o mundo passar? Eu não posso pular da janela. Eu só sei sair pela porta. Mas eu não te disse nada. Você me deu um abraço e isso faz tanta diferença. Eu sempre respondo “sempre” quando você pergunta se eu quero um abraço. É claro que eu quero.
Hoje o dia nasceu de noite. E a gente acordou pedindo para dormir, e eu não queria ser eu. Você disse que se não me matasse, aquilo me fortaleceria, era um velho ditado cliché. Acontece que o meu corpo cansado, meu coração tão machucado e a minha voz rouca me deixavam tão fraca. Eu chorei para você, mais uma vez. E você me disse isso de novo: “Quando Deus fecha uma porta, ele abre uma janela” e aí eu entendi, pela primeira vez eu entendi. A porta que ele fecha não é para prender a gente, é só para guardar. E a janela que ele abre, é para ver se a gente não resolve a aprender a voar.



Feliz Aniversário, Roomie. Você é a minha janela, quando todas as portas fecham. =)

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