Ele não entendo porque eu conto a verdade, porque eu hoje digo tudo que senti, sinto e o que achei que pudesse ser sentido. Ele não entende porque eu fiquei quieta quando ela pedia pra eu gritar. Hoje eu acordei gritando, sozinha, e vou dormir sussurrando. Ainda sozinha. Agora é fácil dizer a verdade, falar do que podia ter sido. Falar do que podia sido e não foi. Antes eu tinha medo, agora eu tenho saudade desse medo.
Eu devia, há muito tempo, ter dito que a resposta era sim; claro que eu largaria tudo pra ficar com você. Largava família, faculdade, amigos, largava a mim mesma. E é por isso que você foi embora, eu larguei a mim quando você já não tinha mais forças pra me segurar.
e sozinha eu cai, largada, no chão.
Hoje eu posso te dizer a verdade, dizer que eu te amava feito uma idiota, e que o primeiro beijo que você deu em mim foi o recado do resto dos meus dias; você não vai mais poder ser tão feliz.
E não fui. e não tem como ser, se o sorriso que eu carrego hoje, é o que sobrou do seu sorriso de ontem...
quarta-feira, janeiro 28, 2009
terça-feira, janeiro 27, 2009
À Nayara, minha amiga de cachos e muitos não-ditos..
Quem é aquele homem bonito que vai sorrindo, olhando aquela vitrine como se o manequim tivesse acabo de contar uma piada? Aquele homem que não percebe que eu já vi o rosto dele me olhando no reflexo, e que acha que assim, de costas, é mais fácil me encarar? Quem é aquele homem que fala sussurrando, cabisbaixo e que morre de medo de deixar eu ver seus olhos? Quem é aquele homem que só me diz a verdade por letras de músicas? Que é aquele homem tão lindo que vai me deixando sem fôlego mesmo quando não me beija? Quem é aquele homem discreto que escreveu que me ama na areia, e apagou antes do vento? Quem é aquele homem que faz planos pro futuro e diz que o roteiro de um filme que ele pensa em escrever? Quem é aquele homem que veio pra ser o homem da minha vida? Quem é aquele homem que criou o meu sorriso e agora leva embora? Quem é aquele homem que tem medo de ser meu e mentiu pro mundo que eu não era sua? Quem é aquele homem que entrou na minha vida para acabar com ela?
Eu fecho os olhos, o decote, a mão. Eu guardo meu sorriso, eu não digo a verdade eu também falo baixo. Eu, que sorria e gritava dizendo: vem, meu homem. Agora eu to quieta, to quase sozinha. To do lado dele, brincando de manequim...tem um vidro entre a gente.. tem um vidro não deixando eu encostar nele... homem, essa vitrine é o teu medo. Perde esse medo e me despe. Eu não quero mais brincar de manequim...
domingo, janeiro 25, 2009
Não tinha entendido que o mundo não é justo. Não sabia ainda que é de muita malandragem e pouco respeito que se faz uma relação. Empalideceu. Nunca soube como agir diante daquilo: a dualidade do eu te amo, mas não sei por onde te desculpar.
Cresceu confiante no que lhe ensinaram: nunca julgue, ou será julgada. por dias e dias se perguntou: e os que me julgam, quem os julgará depois? A mim me calaram. Quantos mais acreditam que é do silêncio que cresce o respeito?
Mais uma vez ela se calou e seguiu vestindo as suas roupas que ninguém perdoava, a sua boca pintada que ninguém entendia: é um manifesto!
E o seu cabelo desorganizado, sua unha vermelha, seu corpo marcado; é tudo um pedido, uma súplica silenciosa que insiste: não venha me julgar. hoje, ela só quer saber de si.
E todos aqueles que ela despreza. todos aqueles que ela não tolera. Um julgamento?
Um pedido de licença.
A vida dela é curta demais.
Não vamos mais perder tempo.
She don´t lie, cocaine...
Cresceu confiante no que lhe ensinaram: nunca julgue, ou será julgada. por dias e dias se perguntou: e os que me julgam, quem os julgará depois? A mim me calaram. Quantos mais acreditam que é do silêncio que cresce o respeito?
Mais uma vez ela se calou e seguiu vestindo as suas roupas que ninguém perdoava, a sua boca pintada que ninguém entendia: é um manifesto!
E o seu cabelo desorganizado, sua unha vermelha, seu corpo marcado; é tudo um pedido, uma súplica silenciosa que insiste: não venha me julgar. hoje, ela só quer saber de si.
E todos aqueles que ela despreza. todos aqueles que ela não tolera. Um julgamento?
Um pedido de licença.
A vida dela é curta demais.
Não vamos mais perder tempo.
She don´t lie, cocaine...
domingo, janeiro 18, 2009
Que foi? Não me olha assim. Essa sua cara não me engana mais. Eu sei o que você quer. Quer que eu te explique, não é? Quer que eu diga como eu posso me manter assim calma?
Fácil.
Eu aprendi seus truques, menino. Eu aprendi seu blefe. E agora, não me importa. Quanto mais você fingir que não me vê quando eu passo eu teu lado, mais eu sei que o meu perfume aguça sua lembrança.
Quantas mais vezez você errar meu nome, eu terei a certeza plena de que ele que você soletra, sussura, repete incansavelmente debaixo do cobertor úmido. Enxarcado do desejo que você tem por mim.
Pouco, muito pouco me importa a tua indiferença. Eu sei que to dançando catira no teu coração. To enchendo de vermelho teu dia cinza. Tô trazendo insônia pro teu tédio sonolento.
Se mais duas vezes você fingir que não me vê, duas vezes mais eu garanto no meu quieto ser que é de noite, no escuro, que você tapa os olhos e chora, porque a minha imagem não quer mais, não vai mais fugir.
Corre, menino, corre... ou você vai se perder em mim.
Fácil.
Eu aprendi seus truques, menino. Eu aprendi seu blefe. E agora, não me importa. Quanto mais você fingir que não me vê quando eu passo eu teu lado, mais eu sei que o meu perfume aguça sua lembrança.
Quantas mais vezez você errar meu nome, eu terei a certeza plena de que ele que você soletra, sussura, repete incansavelmente debaixo do cobertor úmido. Enxarcado do desejo que você tem por mim.
Pouco, muito pouco me importa a tua indiferença. Eu sei que to dançando catira no teu coração. To enchendo de vermelho teu dia cinza. Tô trazendo insônia pro teu tédio sonolento.
Se mais duas vezes você fingir que não me vê, duas vezes mais eu garanto no meu quieto ser que é de noite, no escuro, que você tapa os olhos e chora, porque a minha imagem não quer mais, não vai mais fugir.
Corre, menino, corre... ou você vai se perder em mim.
quinta-feira, janeiro 15, 2009
No teu primeiro adeus, você disse tantas coisas que não justificavam a sua mão abanando e se despedindo de mim. Eu fiquei tão triste. Perguntei pros amigos, pra família, pro mar, pro céu e pra qualquer outra coisa que parecesse minimamente menos confusa que eu: Por quê?
Me responderam uns que não sabiam, outros que não procurariam saber. O mar e o céu me engoliram, era o jeito deles de me afagar.
Eu vi o teu segundo adeus quase incrédula, e você, dessa vez, não me disse nada. Procurei todos a quem eu tinha procurado e ao contrário do ulterior silêncio veio a mim uma avalanche - massacrante - de motivos. Todos enumerados, claros e coerentes. Você teve todos os motivo pra ir embora, e, ao contrário dos paradoxos tão bonitos da maioria das paixões, você foi. Nada de você não é bonita, mas eu acho. Nada de você fuma, mas eu tolero. Nada de você não é perfeita, mas ainda assim me encanta.
Você tinha todos os motivos pra ir embora. E você foi.
Eu tinha todos os motivos pra não te deixar ir. Eu só não os encontrei quando foi preciso.
Agora você vê o balanço sereno do meu braço dizendo: adeus, homem da minha vida. Agora eu vou contar uma história de amor: às avessas.
Primeiro veio o fim... o resto é vida.
Me responderam uns que não sabiam, outros que não procurariam saber. O mar e o céu me engoliram, era o jeito deles de me afagar.
Eu vi o teu segundo adeus quase incrédula, e você, dessa vez, não me disse nada. Procurei todos a quem eu tinha procurado e ao contrário do ulterior silêncio veio a mim uma avalanche - massacrante - de motivos. Todos enumerados, claros e coerentes. Você teve todos os motivo pra ir embora, e, ao contrário dos paradoxos tão bonitos da maioria das paixões, você foi. Nada de você não é bonita, mas eu acho. Nada de você fuma, mas eu tolero. Nada de você não é perfeita, mas ainda assim me encanta.
Você tinha todos os motivos pra ir embora. E você foi.
Eu tinha todos os motivos pra não te deixar ir. Eu só não os encontrei quando foi preciso.
Agora você vê o balanço sereno do meu braço dizendo: adeus, homem da minha vida. Agora eu vou contar uma história de amor: às avessas.
Primeiro veio o fim... o resto é vida.
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