sábado, junho 14, 2008
Ele é funcionário, ela dançarina.Disso, o chico já sabia. Ela esguia, passava por qualquer fresta, mesmo naquela onde só cabia o pão lotado de requeijão do jeito que ele gostava. Ele funcionário, já se sabe, funcionário da música na boca. Música essa onde ele conheceu ela. Boca aquela, onde ele se encontrou. E ela ficou com a boca suja de requeijão, de tanto beijar o funcionário-de-nada, aquele que desistiu de ter patrão, pra ficar olhando a dançarina e sua cintura que cabia direitinho nas mãos nada burocráticas do funcionário sem instituição. Os passos de um tinham o formato dos pés do outro. Eles cabiam em uma cama só. Eles faziam um coro só, com duas vozes e várias risadas que se perdiam de noite, quando os dois não sabiam mais quem eram. Ele dançarino, ela funcionária. Funcionária de nada, fazendo ele dançar por aí, do jeito que ela ensinou e ele sempre quis aprender.
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Um comentário:
Gostei, parceira! Mas acho que sai mais e menos deste conto, hein! =) Espero que aches logo o dia pra nos vermos logo. Beijão e é sempre prazer ler tua prosa-poema!
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