Resolvi te querer,
Pretendo me enroscar,
Nas tuas pernas perdidas
No teu modo de falar.
Quando pensas em fugir,
Puxo-te os cabelos
E tu de tanto que me ofendes,
Acaba se acabando em mim.
Encosta teu peito aos meus.
Sempre quiseste assim.
Respira na minha velocidade.
Arrepende-se e choras gritando.
Mal dizendo a vaidade.
Por fim, saciada,
Jogo-te pela ladeira.
E escutando teu grito, chamando,
Danço só, a noite inteira.
Sem medo, sem saudade.
Desnudada por completo.
Cansada de te fazer gozar.
Plena na minha vontade.
Sabendo por certo
Que estás a me chamar.
Grita, então, rapaz.
Grita muito o meu nome.
Porque o nome que chamas
É o mesmo que some.
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