Então você cobriu com sonhos, enquanto eu passo frio, daquele frio triste de quem fica acordado sem conseguir dormir por muito tempo . Você me fez trocar o dia pela noite e viver tua realidade no meu momento. Você desculpou o meu cabelo despenteado e sorriu para minha falta de tato. Você me abraçou no escuro e no meio da multidão. Você andou desse lado. Assim, a minha esquerda, tirando qualquer dúvida que aparecesse sobre o meu sorriso, sobre o meu batom, sobre nós dois e medo do mundo. Você me deu calma, flores, fotos. Você apareceu com os seus suspensórios encontrados no meio da rua e me levou para tomar uma cerveja, um banho, um rumo. Você, hoje, me dá saudade, me dá sopa, me dá juízo. Você cansa o meu cansaço e chora a minha tristeza, aprendendo devagar a amar o que eu amo. Há em você (e só em você) alguma razão para eu não voltar para caminhos tortos e escolhas ao acaso, para não cortas mais os cabelos e para nunca mais preferir estar sozinha. Você suspira a minha angústia, perdoa as minhas desculpas. Você é o meu vício secreto, meu mote, meu motivo, por quem eu sento e escrevo. Você me descreve, me despe, me veste de desejo. Você viu que eu sinto medo, às vezes. Você viu que eu não paro, nunca. Você segura a minha mão na tua, e, assim, com você e meus óculos escuros eu encaro o mundo. Você me segura com força na cintura, e assim, com um batom vermelho eu zombo do mundo...
Você é quem a Marcella ama. Você é quem a Rosa respira...
Você é quem a Marcella ama. Você é quem a Rosa respira...
4 comentários:
eu te amo como nunca amei nada
Volta a escrever com freqüência, sim?
O "você" é alguém muito sortudo.
ô se é! achou o pote de ouro no fim do arco-iris!
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