sábado, julho 28, 2012

Recado para Diorina (mas serve para Mackerina e Chanelina)

Diorina, me diz, para que essa maquiagem toda? Faz dias que eu não percebo que cor tem embaixo dos seus olhos. Olheira não é vergonha não, menina, é sinal de noite bem acompanhada (ou de insônia pensando em sua sina). Mas se tu passou a noite acordada, e a companhia não foi minha, esconda mesmo essas olheiras, antes que a noite acabe em carnificina.

Volte, aqui, Diorina. Duvido que essa cara toda só contenha 1 grama. É muito reboco para pouca pele. Como é que a gente vai saber, amada minha, se aquele beijo no cangote valeu ou não um arrepio nas bochechas? Aliás, com essa maçãs do rosto assim tão vermelhas eu fico confuso: não se te mordo ou me mordo de ciúme: fica se ruborizando toda até para pedir o pão da esquina. Ai, Diorina...

Diorina, eu sei que tu é minha bonequinha, mas não carece de cílios tão grandes, não. Assim teu olho fica mais longe do meu e você num pode nem chorar depois daquele filme lindo. Fica parecendo o corvo e, ai, vida minha, esse bicho me bota nervoso.

Olhe, Diorina, quem dá corretivo é Deus! Largue o pó ou eu largo de você. E te chamo de palhaça com justa causa. Base na sua vida sou eu, mulher! Apoia aqui que eu te levo onde tu quiser. Diorina, que susto você me deu semana passada, achei que aquela minha pinta predileta tinha sido dizimada.

Vem cá, Diorina, não diz que eu sou insensível, não. Molha esse cabelo que eu gosto dele bagunçado, e pra tu não reclamar aqui do seu amado, eu lhe digo: passa um batom bem vermelho e vem manchá-lo todo aqui comigo.





segunda-feira, julho 23, 2012

Que é melhor não fazer planos pra você.

Amigo 100.

Adoro essa música, e me identifico com todos os versos dela. Até na versão do Sorriso Maroto a letra faz todo sentido. Sou uma pessoa de planos, e de expectativas (para o seu delírio, amigo tão querido). Se não faço planos, fico meio assim: sem sentido, sem querer. Eu preciso fazer planos, porque é deles que eu alimento as áreas da minha vida. Foram dos meus planos mais confusos que nasceram as minhas melhores realidades: independentes dos outros. E elas não foram por acaso. O acaso é meu melhor amigo, e não exagero em dizer que ele seguiu direitinho os planos que andei fazendo. Eu planejo até a roupa do dia seguinte. Mas e se chover? Não me importa escolher outra roupa, porque eu já dormi tranquila por ter escolhido uma. Eu vou planejar o caminho da viagem. E se o google maps errou a rua, ok. Pelo menos eu sai de casa sabendo o que eu fui fazer. Planos e expectativas, caríssimo amigo que ganha tudo no master, andam de mãos dadas, e não posso viver sem um ou sem o outro. Sabe é uma pena quando os meus planos envolvem as pessoas, às vezes pessoas como você, que não creem em planos e que mal planejam o dia seguinte. Eu sei, e você me confirma, que não é menos amor que as pessoas não se incluam nos meus planos e não me incluam nos delas. Plano é tipo nariz, cada um com o seu. E enquanto uns se preocupam demais, outros nem lembram que existe. Mas, sabe, é que eu acho tão gostoso quando um nariz encosta no outro e faz assim um beijinho de esquimó. Plano com plano dá um gosto de viver. Não queria ser repetitiva, não, nem falar do já falado, mas andei planejando e queria te dizer, amigo tão querido, que você tem razão: a natureza humana é nosso eterno carrasco. Ela brinca de matadouro com minha alegria. Alimenta, engorda e depois abate. Saudade, amigo! Tô planejando aquela cerveja...